sexta-feira, 26 de junho de 2009

Hassan Amekan: a arte de ilustrar do Irão

Os mais atentos recordar-se-ão do nome de Hassan Amekan, ilustrador de origem iraniana que integrou a exposição colectiva de artistas portugueses e estrangeiros, entre Fevereiro e Março de 2008, no Auditório Municipal Augusto Cabrita (Barreiro).  
Nascido em 1979, Hassan Amekan, ilustrador, pintor e animador, tem publicados mais de 15 livros para crianças, também em países como a França, Reino Unido, Índia e Estados Unidos. Já passou pela Bienal de Ilustração de Bratislava e, noblesse oblige, pela Feira do Livro Infantil de Bolonha, em 2007. Em Teerão, ganhou o Grande Prémio do concurso Illustration Competition of Children’s Magazine 2005, entre outros. Para além disso, fundou, juntamente com o irmão, o Blue Book Group, um projecto independente que reúne e divulga o trabalho de ilustradores de todo o mundo.

Para aceder ao blogue do Blue Book Group clique aqui. 

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Festival Ondas de Contos

Convido-vos a virem assistir ao fantástico Festival Ondas de Contos da Biblioteca Municipal de Oeiras, que acontece esta sexta-feira, dia 26 de Junho, a partir das 21h00 na Praia da Torre, em Oeiras.
Este festival faz parte do projecto «histórias de ida e volta» da Biblioteca de Oeiras e contará com a participação dos novos contadores da biblioteca, dos velhos (que não são assim tão velhos…) e do grande Thomas Bakk, além do Sebastião Antunes Trio e dos CoCoronFonFinFuoc, na parte do malabarismo com o fogo.

Será uma noite de palavras e de contos, de imaginação e de bocas abertas, de palmas e música.
Tragam roupa quentinha, uma manta, ouvidos e peito aberto preparados para uma noite inesquecível, ao abrigo das estrelas, embalados pelo mar e encantados pela palavra dos contadores.

Ana Lage

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Luísa Dacosta e a multiplicação da vida

Na passada segunda-feira, a primeira conferência da noite coube à escritora Luísa Dacosta. Uma mulher linda, com uma agilidade invejável e uma firmeza de carácter consolidada pelos 82 anos de uma vida que dedicou à pedagogia e à literatura. Uma excelente professora que partilhou connosco o seu projecto actual, com o título «A leitura e a multiplicação da vida», um trabalho que encara como dívida aos seus alunos – e serão muitos!

Com grande clareza, leu-nos Simone de Beauvoir, para quem o texto literário nos dá «uma verdade que se torna nossa sem deixar de ser alheia» e, continuando pelas palavras de Luísa, é o único que nos possibilita experiências de vida sob protecção, funcionando como «uma segunda placenta». O deslumbramento pela literatura, pela possibilidade de viver o outro sendo ainda nós próprios, mereceu-nos um exemplo de vida digna e o conselho de pedirmos sempre o melhor de tudo, em tudo! Decorar textos de que se gosta, que se tornam nossos, que ninguém nos pode tirar, é integrar em pleno a literatura. Esta integridade da escritora, em todas as leituras possíveis da palavra, é visível na maneira como conta, impossível de dissociar daquilo que conta. O que aprendemos ser válido para Luísa Dacosta e para qualquer escritor, pois é desta coerência que se define o estilo.

Tal como caracteriza o texto literário, é com paixão, emoção e veemência que sempre trabalhou. Ao contrário do texto informativo, que só passa a mensagem, da banda desenhada que encerra somente a acção e encurrala o discurso na ausência de descrição, a literatura portuguesa, de Eça de Queirós a Fernando Pessoa, pela voz de Luísa Dacosta, foi a prova viva de que o texto literário não tem limites temporais nem espaciais, antes proporciona experiências e multiplica a vida, através dos seus leitores. Ali, na Sala Brasil, vivemos intensamente um fim de tarde de janela aberta, com cheiro a flores que vinham de outro país e notícias de outro tempo, mas intemporais como a escrita de Eça de Queirós. Para lá do valor literal da palavra, muito além, mas sempre disponível, está o seu imenso valor simbólico.

E depois das aulas, a escrita. A redacção de textos literários porque a «Selecta» se lhe apresentava insuficiente, e o gosto pela palavra escrita e a inesgotável capacidade de fixação, preservação e partilha de um estilo. Entre outros, foi-lhe atribuído o Prémio Máxima de Literatura, pelo seu livro Na Água do Tempo – Diário; recebeu o Prémio Uma Vida, Uma Obra, instituído pela Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Norte; o seu livro O Príncipe que guardava ovelhas foi distinguido pelo IBBY como «um excepcional exemplo de literatura de interesse internacional»; e, numa edição de autor, Isabel A. Ferreira dedicou-lhe a biografia Luisa Dacosta: «No Sonho, a Liberdade...».

São mais de 30 os títulos que escreveu e aguardamos para breve a publicação da História com recadinho, com ilustrações da também premiada Cristina Valadas, que lhe valeu algumas críticas negativas à data da primeira edição, por ir contra a corrente dos «bons costumes» de escrita da época, e que agora receberá outra luz pois multiplicará a vida em novos leitores.

Pode ler um pouco mais sobre Luisa Dacosta na Wikipédia , e aqui no blogue A mulher a e poesia.
Helena Gonçalves

sábado, 20 de junho de 2009

Faz o teu próprio livro

Não há muitos workshops que proporcionem a experiência de imaginar e fazer um livro do princípio ao fim. Em Lisboa, à Calçada da Estrela, a Arte Ilimitada propõe um pequeno atelier de Verão destinado a adolescentes dos 12 aos 15 anos especialmente interessados por BD. «Pensar, desenhar e encadernar o teu livro de BD» será orientado por José Feitor e realizar-se-á de 6 a 10 de Julho, das 14h30 às 17h00. Custa 109 euros, já com todo o material incluído. As inscrições já abriram.

Mais informações podem ser pedidas pelo telefone 213 956 427.
Para aceder ao site da Arte Ilimitada clique aqui.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Serão de contos no Alto da Barra

Vai ser hoje, 19 de Junho, às 20h45, no Auditório Municipal César Batalha, que se encontra nas Galerias Alto da Barra em Santo Amaro de Oeiras. A entrada é gratuita e o evento promete grande animação à volta da leitura de Histórias para Contar Consigo, com o talento e a voz da Margarida Fonseca Santos e da Rita Vilela.

Começa por ser um jogo, um desafio: as escolhas conduzem o leitor, de história em história, num percurso que é seu... Aceita o desafio?

Se ainda tem dúvidas ou quer saber um pouco mais sobre o livro, clique aqui para aceder ao blogue da Margarida e aqui para o da Rita. Para saber mais sobre o serão, apareça por lá e antes descubra onde fica clicando aqui.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Feira do Livro no Mercado da Ribeira

Está quase, quase a começar. De 19 de Junho a 5 de Julho, o 1º piso do Mercado da Ribeira, em Lisboa, abre as portas para a Grande Feira do Livro Barato, Manuseado e de Banda Desenhada. São mais de 20 mil títulos à disposição, entre fins de edição ou edições recentes que, por estarem manuseadas ou desgastadas, são vendidos a um preço mais baixo. De certeza que por lá também se encontrarão algumas oportunidades no campo do livro infantil. Tome nota do horário: todos os dias, das 10h00 às 20h00.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Curso de Verão em Algés: «As Escritas e os Mundos»

Dando continuidade à aposta na formação, o Centro Oeiras a Ler vai realizar, de 27 de Junho a 4 de Julho, a 3ª edição do Curso de Verão, este ano subordinado ao tema da escrita. «As Escritas e os Mundos» terá lugar na Biblioteca Municipal de Algés e abordará a história, os usos e a evolução da letra, o novo acordo ortográfico, a escrita criativa, a escrita para crianças e jovens, o argumento para banda desenhada e as técnicas da escrita científica.

Os diversos módulos do curso, independentes e complementares, serão ministrados por especialistas nas respectivas áreas, podendo os interessados – público adulto em geral e mediadores de leitura – inscrever-se por módulo (5 euros/módulo de 4 h) ou em bloco (35 euros/todos os módulos). O curso decorrerá nos dias úteis, das 14h às 20h e aos sábados das 10h às 17h30, na Biblioteca Municipal de Algés.

No painel de formadores contará com a participação de André Oliveira, Daniel Raposo, Henrique Cabral, Malaca Casteleiro, Margarida Fonseca Santos e Pedro Sena-Lino.

Informações e inscrições pelos telefones 214 118 970 (Marta Silva) e 214 406 340 (Sofia Pinto).

sábado, 13 de junho de 2009

Como formar grupos de leitores

O Centro Oeiras a Ler vai promover a última acção do III ciclo de estudos sobre os adultos e as literacias no próximo sábado, dia 20 de Junho, das 10h às 17h30, na Biblioteca Municipal de Algés. A acção intitula-se «Ler, ouvir, falar: organização e dinamização de grupos de leitores» e será ministrada por Bruno Duarte Eiras, das Bibliotecas Municipais de Oeiras.

A acção dirige-se ao público adulto em geral e em particular a professores, educadores de infância, bibliotecários, técnicos de biblioteca e animadores sócio-culturais. Os objectivos desta formação são identificar as características de um grupo de leitores; identificar as fases para a organização de um grupo de leitores; e compreender as vantagens dos grupos de leitores. No fim, será concretizado um trabalho prático, individual ou em grupo.

A participação apenas requer a existência de vagas e o preenchimento de uma ficha de inscrição que deve ser pedida por email à Biblioteca Municipal de Algés. Atenção, que já não há muitos dos 25 lugares disponíveis por preencher…

Informações e inscrições pelo telefone 214 118 970
ou pelo e-mail marta.silva@cm-oeiras.pt.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Roger Hargreaves: Um Senhor Feliz

Aqui há um tempo descobri nos caixotes de brinquedos da Zara Home uma almofada de gel, para aliviar os «dói-dóis», da Little Miss Helpful. Havia mais duas personagens que se ofereciam para prestar o mesmo serviço: Mister Bump e o fantástico Mr Happy, e todos me fizeram recordar a infância e aguçaram a curiosidade do reencontro com estas curtas narrativas nas quais as personagens, que simbolizam o comportamento humano, transmitem sempre uma mensagem positiva baseada no humor.

Nas livrarias onde perguntei pelos livros, e foram várias, poucos foram os livreiros que os conheciam e em nenhuma tinham referência ou lembrança de alguma edição em português. Numa pesquisa pela internet, descubro que somente a Porto Editora publica actualmente O Sr. Feliz num mundo às avessas, num CD-Rom com jogos interactivos. Nas lojas Zippy vendem-se agora T-shirts para os mais pequenos com a Little Miss Sunshine e outros bonecos sobre os quais a vendedora, quando perguntei por outras medidas, comentou que lhe agradavam os desenhos, embora desconhecesse o motivo do seu aparecimento. Acrescentou que não lhes davam tanto destaque precisamente porque, como os desconheciam, acreditavam que os clientes estivessem na mesma situação e portanto preferiam expor outras personagens que vendem mais. Estas lá vão vendendo mesmo sem o apoio dos livros.

Recordo aqui o autor, as personagens, os livros e este mundo feliz que recomendo vivamente. Os livros são fáceis de traduzir para contar, mesmo não havendo actualmente uma versão portuguesa oficialmente editada, e são vendidos por £2.50 (cerca de 2,90€) pela Egmont Books Ltd no próprio site da editora, no site da portuguesa Wook (também em inglês), na Amazon e em tantos outros sítios na internet. As versões em «português do Brasil», esgotadas com a 1ª edição de 1995, da Brinque Book, pertencem à colecção «Seu Fulano, Dona Beltrana» pelo que os sujeitos masculinos são todos «Seu».
Charles Roger Hargreaves (1935-1988), inglês, é o autor de 46 personagens da colecção «Mr Men», 33 da «Little Miss» e de mais de uma centena de outros tantos bonecos que ganharam vida pelos livros. Desenhados a traço negro e simples, preenchidos com cores vivas e sólidas, foi o Sr. Cócegas (Mr. Tickle) quem estreou os livrinhos com cerca de 14 por 12 centímetros, a propósito da pergunta do seu filho Adam sobre «Como são as cócegas?». Para a resposta, Roger desenhou uma figura redonda, com longos braços ondulantes, e pintou-a de laranja. Publicado em 1971, Mr Tickle vendeu mais de um milhão de exemplares nos primeiros três anos. Em 1975 iniciou a produção da série de animação para a cadeia de televisão BBC, demitiu-se do seu emprego numa agência de publicidade de Londres e dedicou-se inteiramente aos seus livros infantis.

Traduzidos do inglês para 15 línguas e com um volume de vendas mundial invejável, os Mr. Men e Little Miss continuaram a ser escritos e ilustrados por Adam Hargreaves, em novas aventuras, após a morte do pai em 1988. Em Abril de 2004, Christine, a mulher do autor original, vendeu, por 28 milhões de libras, os direitos sobre os personagens ao grupo Chorion. Hoje encontramos uma enorme variedade de produtos «sucedâneos» dos livros, desde os peluches, mochilas e pastas, aos puzzles, pensos-rápidos, termómetros e aliviadores de «dói-dóis», mas continuamos a não encontrar os livros em português.

Quanto ao Sr. Feliz, vive na terra da felicidade, do outro lado do mundo, onde o sol brilha mais quente do que aqui, e onde as árvores têm cem metros de altura. Um dia descobriu algo de extraordinário, uma pequena porta no tronco de uma grande árvore. Entrou num mundo subterrâneo onde prevalecia a tristeza e onde encontrou o Sr. Miserável, ou Sr. Infeliz, em tudo parecido consigo, e que desconhecia o porquê da sua condição. Reflectindo sobre os seus sentimentos, o Sr. Feliz convida o novo amigo a sair para a luz e a descobrir, com alento, que esse sentimento de infelicidade pode ser passageiro e que, além disso, se levantar os cantos da boca e esboçar um sorriso, sentir-se-á muito melhor.
Para aceder ao site oficial do Mr.Men clique aqui.
Para aceder ao site da Editora Egmont Books Ltd clique aqui.
Para aceder ao site da Wook, onde pode adquirir o CD-Rom e alguns títulos em inglês, clique aqui.

Helena Gonçalves

terça-feira, 9 de junho de 2009

Uma casa das fadas em Óbidos

Em Óbidos existe uma casa onde reina a fantasia e a magia. No jardim da Casa das Fadas, por onde já passaram centenas de crianças e adultos, lêem-se histórias, fazem-se ateliers, há teatros de marionetas e há espaço para a descoberta interior através de actividades que trabalham a criatividade corporal, espiritual e artística.

Grupos de escolas vêm de todo o país para descobrir este mundo mágico, com alicerces profundos que vão beber à pedagogia Waldorf valores de ética e de construção da personalidade da criança.

Com programas diários e aos fins-de-semana – e com a possibilidade de proporcionar às crianças um campo de férias de uma semana –, este projecto «tem como principal missão a formação de seres humanos felizes centrados e com consciência de si próprios».

Informações pelo telefone 21 435 88 54.

Para aceder ao site Casa das Fadas clique aqui.

domingo, 7 de junho de 2009

Shakespeare para crianças

O Serviço Educativo do Teatro do Campo Alegre apresenta Hamlet, sou eu - “To dance or not to dance… it’s not a question…”, destinado a crianças dos 6 aos 12 anos. O espectáculo/oficina estará em cena no TCA nos dias 19 (10h30 e 15h00) e 20 de Junho (11h00 e 15h00) e é uma co-produção do Teatro Maria Matos e do Teatro Praga, com concepção geral de Cláudia Jardim, Diogo Bento e Pedro Penim. Dois actores contam a história da peça Hamlet aos mais novos guiando-os pela narrativa e propondo-lhes uma participação activa. A cada dia, um pequeno grupo cria o seu próprio espectáculo a partir da peça de Shakespeare. Os bilhetes custam 10 euros.

Para aceder ao site do Teatro do Campo Alegre clique aqui.

sábado, 6 de junho de 2009

Medidas contra os preconceitos

Na sequência do post publicado anteriormente («Mitos e preconceitos à volta do livro infantil»), deixamos aqui um conjunto de possíveis «antídotos» avançados durante um brainstorming na aula de Edição conduzida por Isabel Minhós Martins. A divisão por âmbitos de actuação é meramente referencial, podendo ter correspondência, na realidade, a vários protagonistas em simultâneo.

Medidas governamentais:

- Reestruturar o Plano Nacional de Leitura (PNL), sendo esclarecidos os critérios de selecção dos títulos que constam das listas;
- Estabelecer uma carta dos direitos fundamentais inalienáveis do leitor infantil, associada à carta dos direitos das crianças e incluída no PNL.
- Reestruturar os currículos dos professores e educadores para que o livro infantil seja valorizado como uma ferramenta de trabalho fundamental, em alternativa ou complemento aos manuais escolares;
- Valorizar e fomentar a educação para a arte nos currículos escolares;
- Estabelecer o paralelismo entre a leitura e a cidadania;
- Introdução de mudanças nos currículos escolares para que as crianças de hoje possam a vir a ser adultos que valorizem mais o livro;
- Criar um conjunto de medidas de apoio e incentivo à publicação de livro infantil com qualidade privilegiando a produção nacional, para valorizar e refrescar o panorama editorial português ;
- Multiplicar a ideia da Casa da Leitura;
- Retirar ou baixar o IVA ao livro infantil;
- Promover e incentivar a edição em capa mole, como uma boa prática ecológica.

Medidas institucionais:

- Criar mais extensões bibliotecárias e bibliomóveis;
- Constituição de equipas de trabalho multidisciplinares;
- Investir na formação de mediadores de leitura dentro e fora das bibliotecas, com criação de bolsas de estudo;
- Oferta de mais acções de formação específicas na área do livro para pais/educadores/professores/mediadores;
- Colocar efectivamente em funcionamento mais bibliotecas escolares;
- Equipar as bibliotecas escolares com bom fundo documental;
- Realizar acções de leitura em voz alta em locais públicos e para públicos específicos (pais, professores, etc.);
- Existência de comunidades de leitores nas livrarias;
- Os profissionais do livro devem trabalhar temáticas consideradas «difíceis»;
- Criar cursos de especialização para livreiros e editores na área do livro infantil.

Medidas comerciais/editoriais:

- Maior critério de selecção por parte das editoras quanto à edição de livro infantil e maior valorização do trabalho dos autores (escritores e ilustradores);
- Não esquecer nunca que um livro infantil é um objecto criado pelo conjunto do texto, da imagem e do grafismo e que os três profissionais (escritor, ilustrador e designer gráfico)devem estar sempre em contacto uns com os outros no processo criativo, mediados pelo editor, com o fito de obter um produto coeso e de qualidade superior;
- As editoras deveriam ter ao seu serviço promotores de leitura, apostarem na criação de blogues e fichas de exploração de alguns títulos;
- Criar mais revistas especializadas para o público infanto-juvenil;
- Investimento em publicidade mais visível na TV e outdoors;
- Alguns livros serem acompanhados de guiões de exploração;
- Investir mais na crítica literária e na edição de qualidade;
- Realizar feiras do livro exclusivamente dedicadas ao livro infantil;
- Dar mais destaque ao livro infantil dentro das livrarias;
- Os próprios autores devem encarar o seu trabalho com maior profissionalismo e não se desvalorizarem.

Medidas familiares:

- Dar às crianças cheques-prenda para serem descontados em livros;
- Deixar a criança escolher os livros de que gosta e incentivá-la ao seu manuseamento desde a nascença;
- Incentivar ao maior envolvimento das famílias com o objecto «livro»;
- Promover acções de leitura de proximidade – contar ou ler uma história por dia em conjunto com a criança.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

António Torrado em Alcochete


A Biblioteca de Alcochete, através de uma parceria com o Grupo Leya, recebeu no passado dia 27 de Maio o escritor António Torrado, para um encontro com alunos das escolas do concelho, desde o 1.º ao 2.º ciclo do ensino básico. Os alunos tinham trabalhado alguns títulos de António Torrado e fizeram inúmeras questões acerca da obra do escritor, que afirmou: «Os livros prolongam a vida das pessoas: de quem os escreveu e de quem os leu.»

António Torrado lembrou outros escritores que têm trabalhado no campo da literatura infanto-juvenil e falou um pouco da sua obra, dando a conhecer aos alunos que também é autor de peças de teatro e argumentos para cinema. Afirmou que o seu projecto mais bonito é o site História do Dia, no qual podemos consultar e/ou ouvir uma história por cada dia do ano, narrada por si e ilustrada por Cristina Malaquias.

Sobre aquilo que o inspira quando escreve as suas histórias, disse-nos que são as crianças, para a seguir reforçar: «Eu só posso dar a conhecer aos mais novos aquilo que de melhor tenho em mim.» Finalizou com estas palavras: «Escrever para mim e escrever para vocês mantém-me em estado de alegria!».

Para aceder ao site História do Dia clique aqui.

Paula Guerra